
O terceiro jogo da franquia Borderlands não ficou para traz no quesito explosões, mutilações e chacina desenfreada, com o seu gráfico estilo shell shaded bem otimizado conta a história de Lilith, a líder dos saqueadores rubros (Crimson Raiders), a procura de uma chave-mapa com a localização de várias arcas (vaults), enquanto tem que lidar com uma seita maluca chamada “Filhos das arcas” (Children of the Vaults) e seus líderes, os “deuses gêmeos” Tyreen e Troy, dois streamers doidos de pedra que estão atrás das arcas para absorver o poder delas e se tornarem verdadeiras “entidades do caos”.
Só não contavam com os saqueadores rubros interferindo em seus planos e que trazem 4 novos caça-arcas (Vault Hunters), Fl4k, Moze, Zane, e Amara.
Fl4ak o domador de feras, que usa qualquer animal da “não” tão vasta flora de pandora e outros planetas para lutarem ao seu lado.
Moze a atiradora, com bastante conhecimento de armas e seu fiel mecha (isso mesmo, ela tem um fucking mecha) metal bear, para explodir tudo em seu caminho.
Zane o agente, um trapaceiro de primeira, usa de clones e drones para infernizar geral.
Amara a ninfa, uma lutadora de MMA (só pode) com poderes psíquicos que vão de prender inimigos a fazer a terra tremer que fazem qualquer inimigo virar um saco de pancadas, (ou carne moída, o que vier primeiro).
Bordelands 3 tem tudo de seus antecessores e um pouco mais, porem ele peca um pouco a tratarem alguns personagens icônicos dos outros jogos como um simples tapa-buraco, o Mordekai (personagem jogável do primeiro jogo e NPC importante no segundo), apareceu e em questão de 15 minutos já é esquecido, Tiny Tyna ( Especialista em explosões e doida além da conta), muito querida pela sua personalidade e atrocidades que fez no segundo jogo, só aparece quando precisa abrir uma parece ou porta, (tipo 2 vezes no jogo e pronto).
Poderiam ter dado uma atenção melhor para o roteiro da história e ter aproveitado melhor os personagens, mas onde erram em uma parte eles acertam em outras, nosso personagem tem mais interação com todos ao redor, eles possuem sua própria identidade, e alguns são bem carismáticos e engraçados.
A jogabilidade está mais fluida e natural do que nunca, podendo ao jogador escolher se deseja um gráfico lindo ou uma performance maior ao custo de um pouco de “beleza” no jogo em geral, os combates são bem legais, você se diverte bastante explodindo cabeças, grudando munição-bomba nos inimigos, colocando fogo neles, congelando até os ossos e a alma, agora nesse jogo conta com mais elementos nas armas, além de fogo, choque, corrosivo e explosivo, tem o de radiação, que faz os inimigos próximos tomarem dano só de estar do lado e quando mata o cara ainda explode e o glacial, que os congela e permite que com 1 murro essa destruído.
Sua campanha tem em torno de 10 a 15 horas, um bom tempo de diversão, se quiser pegar tudo do jogo e fazer todas as missões secundarias, pode dobrar o tempo facilmente, por ser um “looter-shooter”, você encontrará diversos tipos de armas e a quantidade de armas lendárias no jogo está bem maior e com originalidade que só Borderlands pode trazer.
Os chefes são bem interessantes, trocaram os “invencíveis” dos jogos anteriores e colocaram os “guardiões das arcas”, Monstros únicos que irão te dar trabalho pra matar, pois cada um tem um tipo de combate e pontos fracos que para jogadores de primeira viajem pode ser difíceis de achar, no geral eu gostei pra caramba do jogo e jogaria novamente com prazer.
Bordelands 3 é um bom jogo looter-shooter, em que você se diverte na campanha, na exploração e no combate, agora se quiser se aprofundar na história como é contada, pode ser um pouco entediante e até bizarra,( só jogando pra saber), mas vale muito a pena jogar com os amigos e aproveitar para curtir com a galera.
Bordelands 3
Data de Lançamento: 13/09/2019
Nota: 8/10
Estúdio: 2K Games
Desenvolvedor: Gearbox software, Gearbox studio Québec
Plataformas: Playstation 4, Xbox One, Google Stadia, Windows, Mac OS
Analista convidado: Jhonny Lourenço de Sousa