
Penúltimo capitulo de Cavaleiro da Lua e o que vimos foi a continuação da temática do capitulo anterior.
Se você acompanha nossas reviews sobre a série, pode perceber que eu cantei a bola do aconteceria. O principal assunto da série não é a temática egípcia, nem a busca pelo corpo de Amitt, muito menos vencer ou capturar Arthur Harrow.
É sobre o transtorno de personalidade dissociativa do Marc. Acontece que toda essa história deveria durar um capitulo, dois no máximo, mas se arrasta por cinco já, e sobrou um pra resolver tudo que a série começou propondo mas se esqueceu no meio do caminho.
Cavaleiro da Lua mesmo, vimos muito pouco, pra não dizer, quase nada. O personagem foi esquecido dentro da historia dos alter egos, que estava bem legal no começo mas que agora ficou cansativo.
E ficou cansativo não porque a temática seja desinteressante, mas sim porque a Marvel é refém dos próprios conceitos. Ela não permite que algo seja explorado de forma mais séria, trazendo problemas mais reais e permitindo abraçar de vez o terror psicológico que por vezes ela ensaia atacar.
As piadinhas fora de hora e as escolhas de roteiro mantem um perfil ” até uma criança entenderia”, com cenas expositoras atrás de cenas expositoras, re-explicando um mesmo problema por diversas vezes.
Tudo que vimos nesse capitulo, ocorreu dentro da mente de Marc. O manicômio é uma expressão da sua mente para entender os fatores que estão ocorrendo no mundo real, por isso todos os personagens da série estão, de alguma forma, presentes nessa ilusão.
Vimos um pouco da história de origem da doença de Marc. A perda do seu irmão fez com que criasse essa persona Steven Grant, baseada no seu personagem favorito de tv, como mecanismo de defesa onde ele vivia trocando de personalidades durante a infância e adolescência.
Vimos também que sua mãe teve um declínio em seu equilíbrio emocional, culpando e abusando psicologicamente de Marc o que só agravou seu problema. Mas somente após a morte de sua mãe, que Marc permite que Steven assuma por tempo indeterminado o controle do corpo. Nesse momento Marc já tinha feito a barganha com Konshu e se transformado em Cavaleiro da Lua.
Esse é o ponto em que vemos no começo da série, lá no primeiro capitulo. Agora, o manicômio é o escape que permite lidar com esse momento pré morte de Marc após ser baleado. É uma grande discussão entre o consciente e o subconsciente sobre o que é real e o que não é real.
Aí entra Tarewet, a hipopótamo, que tenta conciliar as duas personalidades e os leva para uma realidade alternativa, um limbo baseado nas crenças de Marc, assim como em Pantera Negra apareceu um, baseado nas crenças do povo de Wakanda ou Valhalla para o Thor.
Esse limbo se chama Duat (egípcios) e eles estão navegando pelas areias para chegar ao Céu ou pós vida da mitologia egípcia. Durante a jornada, Tarewet usa a balança de Anubis para pesar e provar que o coração de Marc e Steven são mais leve que a pena(são pessoas boas), porém a balança não se estabiliza e Steven acaba se sacrificando para que Marc atinja o objetivo se reconciliando com as personalidades.
Por fim, Tarewet vai em busca de contato com Layla para que ela liberte konshu permitindo assim que esse encosto/deus ressuscite Marc.
Eu sinto que a série poderia contar mais rápido essa parte da historia ou realmente mergulhar na psique das personalidades, mas o tratamento superficial dos problemas e a demora desnecessária para apresentar Jake lockley deixou a temporada arrastada e com pouca ação. Além disso, desperdiça um ator de primeira linha como Ethan Hawke em dois capítulos nessa versão Ned Flanders.
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Cavaleiro da Lua: EP. 05
Plataforma: Disney Plus
Data: 27/04/2022
Nota: 7 /10