
Monster Hunter World: Iceborne é praticamente um game novo. Todo o da expansão gélida entrega quase a mesma quantidade de horas do jogo base, trazendo mais dificuldade (para aqueles que reclamavam sobre como era fácil antes) e muitas novidades. A vale dizer que se caso comece novamente o game sentira uma dificuldade maior em comparação ao game original sem a expansão, como dito sim, é como um game novo a ressaltar os 32gb de download necessários.
EXPANSÃO ?
No final da aventura principal de Monster Hunter (não contém spoilers); Iceborne continua de onde as expedições terminaram e aqui, os jogadores vão explorar novas localidades e caçar monstros e subespécies novas, agora na Fronteira Glacial.
Na questão de mecânica, o game manteve algumas do game original e ganhou outros recursos básicos, como a opção de recolher todos os itens da missão apertando apenas um botão ao invés de pegar um por um na grade de loots que aparece na tela final da caçada.
Existem ainda novos golpes para todos as armas, mais níveis para as armas (em Iceborne elas chegam até o 12, no original iam até 8 apenas), a Slinger pode ser usada mesmo com a arma empunhada e a Clutch Claw ganhou melhorias.
A Clutch Claw em especial, que agora pode ser usada em qualquer monstro.
Depois que aprendi a usá-la com o meu setup de arma e armadura, todo um novo leque de opções se abriu para mim, permitindo executar combos mais poderosos e até mesmo derrubar as criaturas.
EXPLORAÇÃO DO GAME
Ambientado em uma nova região gélida. O frio não é apenas estético: ele também irá atrapalhar seu Caçador. Então é necessário aprender a fazer as bebidas quentes para que sua stamina não evapore; além de ficar de olho nos status do boneco.
Qualquer item que ajude o Caçador a se manter aquecido (ou que o auxilie a curar os ferimentos provocados por gelo); é extremamente bem-vindo. Aliás, não apenas itens como certas localidades também. Quando encontrar um lago com água quente, não hesite em entrar, por exemplo – em Seliana, também há termas para você se aquecer e se divertir com seu Palico, afinal, relaxar também é extremamente importante.
Voltando às caçadas, é interessante tentar estudar os ambientes o máximo possível. Saber onde existe possibilidade de avalanche, onde existem lagos com água quente e onde é seguro combater as criaturas (sem que o gelo ao redor se rache); pode fazer toda a diferença.
MULTIPLAYER
Meu primeiro contato com Monster Hunter foi a primeira versão deste game, não tive oportunidade de jogar os anteriores.
A única reclamação fica por conta das salas para jogar multiplayer que ainda são um tanto complicadas de montar e a questão das cutscenes.
Isso porque antes de entrar em uma caçada em conjunto, todos precisam terminar a expedição primeiro e assistir à cutscene do monstro que deverá ser caçado. Só depois disso é que todos conseguem encarar a missão juntos. Isso acontecia no World e, em Iceborne, não mudou, infelizmente.
Além disso, Iceborne traz o novo Master Rank (MR), que é basicamente o nível das missões. No original, esse recurso ia até o High Rank (HR). Um não substitui o outro, seguraa! Ainda é possível aumentar o HR em missões específicas, mas o foco da expansão são as caçadas MR.
As criaturas são, afinal, as grandes protagonistas do jogo (falarei um pouco delas mais adiante). Todavia, a expansão é indicada para jogadores que terminaram o game original, senão será mais difíceis de derrotar as criaturas de uma forma geral.
Felizmente, a Capcom acrescentou uma dificuldade dinâmica ao game. Antes, no original, se o jogador entrasse em missões single player, ele enfrentaria o(s) monstro(s) com uma dificuldade menor e, se encarasse o multiplayer online, a missão seria em uma dificuldade bem maior, afinal, o jogo entendia que você teria mais pessoas para te ajudar.
Contudo, se um dos integrantes do grupo caísse/saísse da missão, a dificuldade não se adaptava. Em resposta a isso, a Capcom acrescentou a dificuldade dinâmica em Iceborne, que adapta a missão para os jogadores remanescentes do grupo, caso alguém saía ou caía da sessão online.
EXPERIÊNCIA
Além de todas as novidades de jogabilidade aqui e acolá, há o fator história. Como já comentado, Iceborne continua de onde o original terminou. Então, para jogá-lo, você precisa estar pelo menos no nível 16 e ter terminado a história principal. Contudo, é bastante compensador e coerente ser dessa forma já que a narrativa da expansão continua a saga do jogo base.
Posso dizer que me surpreendi positivamente em vários momentos da história, ainda mais com a forma como tudo se entrelaça com os Elder Dragons. Não há, inclusive, dragão melhor para ilustrar a capa de Iceborne do que Velkhana.
Adianto a vocês é que existe uma grande ameaça para além da Fronteira Glacial em Iceborne, significa que alguma coisa está mexendo no bioma, alterando a maneira como os monstros dessa região se comportam, o que estão caçando e para onde estão migrando.
Em meio a como tudo se desenrola, os jogadores poderão ainda ver subespécies novas de monstros e, claro, adições ao catálogo de criaturas da franquia, como é o caso de Banbaro, Beotodus, Namielle, dentre outros.
VEREDITO
Monster Hunter World: Iceborne é uma aquisição obrigatória para apreciadores da franquia. A expansão, se é que podemos chamar de expansão, mostra um trabalho minucioso da Capcom, trazendo um extenso conteúdo de qualidade, que deveria servir de exemplo para vários caça-niqueis que vemos por aí. Quando você acha que fez de tudo, o jogo sempre te apresenta algo novo.
Tudo seria perfeito, mas infelizmente algumas falhas não passaram despercebidas. Algumas cenas não interativas apresentam pequenos bugs estranhos. O jogo tem quedas bruscas de frames aleatoriamente, mesmo no modo performance do Xbox One X. E suas telas de carregamento estão, inexplicavelmente, mais longas. Felizmente, são detalhes que podem ser resolvidos com patchs futuros, mas que tiram um pouco do brilho de todo o bom trabalho realizado.
Vale lembrar que Monster Hunter World está no catálogo do Xbox Game Pass.
Monster Hunter World: Iceborne foi gentilmente cedido pela CAPCOM para a realização desta análise