
Publico vai à loucura a frente do palco da Azubu: "Os fãs pareciam levitar até nosso estande", brinca De Paula.

Desde abril do ano passado no Brasil, a Azubu se tornou uma das mais importantes marcas relacionadas ao eSport brasileiro. Seja em streamings de personalidades como gORDOx e Muca Muriçoca, na parceria com o BoaCompra para streamings exclusivos do XLG ou com sua marca estampada nos uniformes de grandes equipes de League of Legends como KeyD Stars, paiN gaming e INTZ, os caras que fizeram um sucesso danado na BGS 2015 têm feito um grande barulho em nosso país.
O Kapoow bateu um papo com Bruno De Paula, Diretor de eSports da Azubu no Brasil, que abriu o jogo sobre a operação da empresa no mundo todo, o começo dos trabalhos no Brasil e não se mostrou nem um pouco preocupado com o YouTube, que montou um palco gigante logo à frente do seu na BGS 2015 e fez tanto barulho que dificultou a interação com os presentes. “Não deixamos essas coisas nos incomodar”, afirma.
Por fim, De Paula ainda promete que o barulho da Azubu mal começou no país e fez um alerta. “Continuem atentos, estamos apenas começando”.
Veja agora o bate-papo completo com o cara:
Conte nos um pouco sobre como começou a Azubu, qual é a origem do nome e as metas da empresa. Confesso que em minha pesquisa para formular as perguntas para essa entrevista acabei “bugando”, porque meu primeiro contato com esse nome foi com o Azubu Frost, um já falecido time coreano de LoL, mas vi em vários lugares que a origem da Azubu é alemã. Como eu não acredito na Wikipedia, te repasso a bola. Por favor, nos ajude a esclarecer essa dúvida!
Bruno De Paula: A Azubu foi formada em 2012, com um time diretivo completamente diferente e um grupo totalmente diferente de empregados. Ele foi originalmente criado na Coreia, e não na Alemanha. Depois de alguns primeiros soluços, toda a empresa mudou, eles contrataram uma nova equipe de liderança e começou a construir a grande equipe que temos agora. Estamos agora com sede em Los Angeles, com escritórios no Canadá e Coréia. Nossos objetivos como empresa é continuar a construir a primeira plataforma de streaming ao vivo voltada a comunidade global com foco em eSports.
Ainda sobre a estutura da empresa, como é o trabalho no Brasil? Quantos fazem parte do time local e seus objetivos? Vocês planejam abrir um escritório da Azubu aqui?
Bruno: Comecei a trabalhar na Azubu como gerente de eSports em abril de 2015 e era o único na operação no Brasil. Logo depois nós contratamos uma pessoa para trabalhar meio-período para ajudar com a criação de conteúdo e mídia Social (lançamos @AzubuBR em junho no Twitter e desde então tem sido um enorme sucesso), mas ficou evidente que precisávamos de muito mais. Em setembro, me tornei Diretor e contratei um gerente e um coordenador para trabalhar comigo e eles fizeram um trabalho fantástico, com uma intensa carga de trabalho infindável. Nós vamos crescer nossa equipe ainda mais à medida que precisarmos de ajuda em vários departamentos diferentes conforme rolar a ascensão da Azubu por aqui.
Como o Azubu vê o mercado de e-sport no Brasil? O engajamento do brasileiro frente de outros países da América do Sul e da Europa? (cite alguns, se possível). Hoje o Brasil perde em engajamento para quem? Está abaixo de quais? Se tiver numeros para ilustrar isso, como quantos brasileiros conectados, qual foi o streaming de maior pico…
Bruno: Internamente, a empresa identificou o mercado como um do mais importantes, sem dúvida. O envolvimento da comunidade é inigualável, tanto para acompanhar as equipes, quanto seguindo diretamente a nossa marca na conta @AzubuBR, que recebe uma enorme quantidade de tweets por dia. Começamos o nosso investimento aqui em março e hoje a Azubu já é uma grande realidade. Kami, da paiN Gaming, chegou a ter cerca 34 mil de espectadores simultâneos.
Vocês patrocinam times e atletas de e-sport? Quais? Tem brasileiros?
Bruno: Nós fazemos parcerias, não patrocínios. Quando assinamos um contrato com um time, trata-se de uma parceria benéfica para que os dois lados cresçam juntos. Atualmente, nós apoiamos três maiores times de League of Legends do Brasil, a paiN gaming, INTZ e KeyD Stars.
Vou falar uma parte chata, mas que foi meio que consenso entre boa parte das pessoas com que conversei e fãs do e-sport e gostaria de saber a posição de vocês: Para começar, encontrar o palco do Azubu, que era grande e muito bacana, foi uma tarefa complicada com aquela estrutura exagerada do Youtube exatamente à frente de vocês. Fora que houve muita reclamação de que o barulho que saía do estande deles dificultava até a participação do público no estande de vocês e eu mesmo sofri para ouvir os próprios YouTubers quando eles estavam no palco da IGN Brasil (que era ao lado), de tão alto que estava o som dos caras. Como foi chegar ao estande montado e ver a sua estrutura ofuscada por um concorrente direto dessa forma?
Bruno: Bem, não deixamos essas coisas nos incomodar. Pensávamos que tínhamos uma presença extremamente positiva e engajamento em nosso estande durante BGS, não importando quem estava ao nosso redor. Os fãs pareciam levitar ao nosso estande e, no geral, estamos felizes com a forma como tudo acabou.
Voltando a falar de coisas boas, vocês planejam participar da BGS 2016?
Bruno: Considerando o nosso sucesso na BGS 2015, nós definitivamente queremos estar presentes na próxima edição. Temos ainda mais talentos conosco do que no ano passado e por isso este ano de 2016 tem tudo para ser grandioso para nós. Temos grandes planos.
Como a Azubu vê a estrutura das equipes brasileiras, estão no mesmo nível de organização das coreanas e dos EUA?
Bruno: Cada mercado tem suas próprias complexidades. A liga coreana está em um estágio mais avançado porque existe há mais tempo e com um investimento superior. No entanto, 2015 foi o melhor ano para CBLoL e o mercado cresceu uma tonelada. Os 15 mil fãs gritando na final do CBLoL é o melhor exemplo disso. Será interessante ver o que a Riot planeja para este ano.
League of Legends é o produto principal da Azubu atualmente? Quais são os games mais importantes para a companhia atualmente e por quê?
Bruno: League of Legends definitivamente tem uma enorme influência na nossa plataforma. Considerando que temos os quatro times no mercado, sim, é muito importante para nós. No entanto, temos obtido um enorme fluxo de novos streamers nos últimos meses que desempenham uma variedade de diferentes jogos como Counter Strike, Call of Duty, Rainbow Six etc. Counter Strike é muito popular no Brasil e tem atraído um grande número de espectadores para o nosso site.
Por fim, gostaria de abrir o espaço para você. Fique à vontade para dizer o que achar relevante aos jogadores brasileiros.
Bruno: Eu agradeço todo o apoio que temos recebido. Comecei a trabalhar na Azubu em abril e a comunidade abraçou a nossa plataforma de uma forma tremenda nos últimos meses. Temos muita coisa boa para esta comunidade e adoro ver como os fãs se envolveram com os nossos streamings e a nossa plataforma. Continuem atentos na Azubu, estamos apenas começando.