
Basta uma imagem para começar temer os imigos desse jogo
Sequência de um dos RPGs de ação em mundo aberto mais adorados na geração passada, “Dark Souls II” chegou aos Playstation 3 e Xbox 360 nesse mês de março. A franquia “Souls” começou com “Demon Souls”, exclusivo de Playstation 3 distribuído pela Sony Computer Entertainment. A partir da próxima versão a série tomou o nome “Dark Souls”, disponibilizada pela Namco Bandai para as 2 plataformas citadas. Será lançada em PC em breve. Algumas informações no pré-lançamento deixaram os fãs da franquia receosos da dificuldade ser reduzida para ficar mais acessível, um receio que compartilhei. Falarei das modificações e o que interessará tanto a quem quer começar a série, quanto aos fãs, além de dicas para se aproveitar ao máximo a experiência.
“Dark Souls II” não é um jogo feito para você. Não é feito para mim também. É um jogo feito para os designers sádicos da From Software se divertirem com você. Eles se divertem ao elaborar os desafios, imaginar o quanto se morrerá em um determinado local, o quanto um tipo de inimigo provocará terror em todos os encontros. Devem se contorcer também com as estatísticas coletadas das pessoas que jogam online. É certo que jogam também, contando as manchas de sangue dos jogadores ao longo do caminho. Imagino o quanto isso os fazem rir em seus encontros.
Mesmo não sendo um jogo feito para o jogador, você pode ter certeza que poderá adorar também. A diversão será proporcional ao quanto você gosta de desafio, tensão, xingar, gritar, desistir e retornar várias vezes. Ajudará se quando criança participava de disputas valendo um beliscão, perdendo de propósito. Se desafiava o adversário a dar um beliscão de verdade após uma beliscadinha mixuruca, será perfeito para você! Morrer várias vezes, de formas bem diferentes, é algo que se espera da franquia “Souls”. Em algumas dessas mortes você perderá algum esforço que teve para desenvolver seu personagem. Faz parte dos planos. Apesar de tudo, se resistir às primeiras horas, você sairá não só indicando “Dark Souls II” para seus amigos assim como ficará esperando ansioso pelo próximo. Isso aconteceu comigo ao jogar “Dark Souls”, recomendado por um grande amigo. Espero que aconteça também com você e que possamos nos encontrar online, como aliados ou como adversários!
Sugestão de começo
Conhecendo e sendo fã dos jogos anteriores, decidi começar “Dark Souls II” sabendo o mínimo do jogo. Basicamente sabia do que se tratava por conhecer os demais, mas não conhecia nada da história e muito menos dos diversos segredos, mistérios, passagens secretas, “covenants” e itens novos que a nova versão traz. Descobrir “Dark Souls II” pelo o que o próprio jogo oferece faz parte da diversão. Este texto foi cuidadosamente revisado para não escapar nenhuma dica ou detalhe da história que comprometa a experiência. Estou adorando andar por um mundo do qual não conheço nada, exceto pelas similaridades com o primeiro “Dark Souls”.
Drangleic, a terra onde se passa “Dark Souls II” é bem diferente de Lordran. Possui personagens novos, locais distintos para explorar, mistérios extras para se resolver. A mecânica principal do jogo se mantem. Pessoas continuam sendo amaldiçoadas e se transformando em “undeads”, maldição que limita ainda mais o personagem a cada morte, num jogo que já é considerado difícil. Você desloca pelos cenários procurando por “bonfires” que funcionam como checkpoints com benefícios. Souls (almas) são coletadas ao matar os inimigos e servem para mudar de nível, melhorando as características do personagem, assim como para comprar itens, reparar armas e se curar de doenças ou efeitos limitantes. As souls coletadas e não usadas ficam no local de sua última morte, sendo necessário enfrentar todos os inimigos (exceto chefes) até a sua “mancha de sangue” para recuperá-las. Morrer num local distante do último bonfire, com inimigos fortes no caminho, deixando souls suficientes para subir cinco níveis em sua última mancha de sangue estão entre os momentos mais tensos e divertidos. Morrer nesse meio tempo destruirá sua mancha de sangue anterior junto com todas as souls que acumulou, gerando outra com zero souls ou o total que acumulou após a última morte. Conseguir recuperar as souls deixadas para trás dá um alívio imenso, às vezes comparável a vencer um boss.

Gastei um bom tempo para definir o personagem. No primeiro “Dark Souls” eu segui a dica de criar o personagem de forma mais equilibrada. Foi um spoiler do bem, mas neste estou gostando muito vivenciar tudo do zero. Mesmo para criar o personagem, fiz questão de ler todas as informações disponíveis. Descrição dos itens, atributos, classes, etc. Os mistérios começam já nessa tela, uma vez que se pode escolher como item inicial algo para o qual não há uma descrição clara de sua função. Fala-se apenas que pode servir para alguma coisa. Se vire para decifrar!
Tutorial
O início de “Dark Souls II” começa um bocado diferente do primeiro, de forma sem graça e sem um tutorial obrigatório. O tutorial até fica perto do início do jogo e é meio óbvio a sua localização, mas consegui passar batido pois sua entrada é similar a entradas para outras áreas do jogo, normalmente mais difíceis que a atual. Não acho ruim o tutorial ser obrigatório no “Dark Souls” original. Fica algo que funciona bem para quem conhece, mas pode afastar mais ainda quem terá sua primeira experiência na franquia dessa forma. Como mudaram outras coisas para deixar acessível, não vi muito sentido exceto por deixar ainda mais coisas para se descobrir sozinho. Se é sua primeira vez, procure pelo tutorial!
Combate
“Dark Souls II” privilegia o combate realista, dentro dos limites da diversão, simulando um combate medieval com armas brancas, adagas que podem ser lançadas, bombas, arcos e bestas; e fantasioso, levando em conta as magias. Usar as armas, magias, defender com escudo ou arma, correr, rolar pelo chão ou saltar para trás usa stamina (energia, resistência). Deu três golpes em sequência e esgotou sua stamina, não conseguirá dar um quart ou mesmo se defender. Esquece. Tem que medir seus ataques, decidir quem enfrenta ou se afastar para se recuperar. Partir para cima dos inimigos, mesmos os mais simples e os primeiros que se encontra martelando os botões de ataque sem pensar não vai funcionar. Enfrentar muitos inimigos de uma vez, sem stamina para golpear todos, levará a morte. A simulação de física no combate ajuda a ficar mais realista. Você precisa conhecer os atributos das suas armas. A forma como a arma é balançada ao usar cada botão, o que muda durante pressionamentos sucessivos, tem que estar em sua cabeça. Varia também a cada arma usada, necessitando conhecer bem as melhores. É possível bater a arma no teto ou nas paredes, limitando o alcance ou inibindo o golpe. Dependendo da arma, terá que voltar para um lugar mais aberto para conseguir combater um inimigo encontrado num corredor estreito. Descrevendo o combate com armas brancas pode fazer pensar que será mais fácil jogar com magias ou um arco e flecha. Não mesmo. Usos de magias e flechas são limitadas e é necessário tempo, gastando também stamina, para dispará-las. O jogo é muito bem balanceado, permitindo combates competitivos no multiplayer independente da classe escolhida.
Dificuldade do combate
Estou achando mais fácil que o primeiro e não acredito que seja apenas por ter experiência. Os inimigos são isoladamente mais fáceis, mas como sempre fazem um bom trabalho em grupo. Vale chamar poucos de cada vez. Não errar golpes, cuidar da sua stamina, usar escudo e o rolar continuam sendo bem importantes. Logo no início há inimigos que atacam em grupo. Eles sabem que são fracos sozinhos, evitam você, mas dão um jeito de se unir em grupos de cinco ou mais. Consegui fácil meu primeiro achievement nessa parte, adorando a mensagem que apareceu. Mostrou bem de que jogo se trata e funcionou como uma piada para rir nervosamente. Tomara que seja secreto! Diferente da maioria dos jogos, nesse nem quis nem ver a lista de achievements. Devo jogar pelo menos um segundo playthrough, aí parto para ver o que faltou fazer.
Armas e magias
Uma coisa que agrada muito nessa franquia é a variedade de armas, magias, escudos e armaduras e como se dão os ataques e animações. Muitas estão de volta, considerando umas poucas que consegui e outras que aparecem durante o carregamento, mas já encontrei novas. Consegui todas as armas possíveis em “Dark Souls”, então conheço bem.
Multiplayer
“Dark Souls” tem um multiplayer bem diferente do que estamos acostumados. E genial. Há várias versões de Drangleic, uma para cada jogador, que se comunicam no tempo e espaço de várias formas. É possível você ver aspectos de Drangleic do ponto de vista de um jogador que já desligou o videogame. É possível você ver o que está acontecendo nos outros mundos. Você vê fantasmas dos jogadores próximos dos bonfires. É ótimo para se ter noção se naquele momento há pessoas compatíveis com você naquela área. A compatibilidade é determinada por uma porcentagem do nível dos jogadores envolvidos. Se você está num nível muito acima ou abaixo, não conseguirá jogar com ninguém que esteja próximo. “Dark Souls II” dificulta o multiplayer tradicional, não tendo a opção de se convidar pelo próprio console um amigo. Apesar de ter recursos para facilitar encontros, tudo funciona dentro dos limites do jogo. Há vários formas no multiplayer, sendo integradas à experiência.
A partir de uma determinada parte do jogo você recebe um giz branco que permite escrever uma “oferta de auxílio” no chão. Jogadores que a acionarem chamarão seu personagem, na forma de um fantasma, para a versão de Drangleic deles. Auxiliando a eliminação de alguns inimigos ou mesmo chefes lhe renderá souls e itens como bônus. Destruir bosses com seu aliado pode devolver sua humanidade perdida, algo bem útil pois os itens para isso são raros. Você também poderá sofrer uma invasão por um espírito sombrio, um jogador que entra em seu mundo com o objetivo de matá-lo para ganhar souls e alguns itens. Em algumas áreas, mesmo sem convite, você poderá receber aliados em seu mundo para te ajudar. É tudo muito dinâmico, funcional, deixando o jogo single player como uma experiência bem mais limitada. Recomendo que experimente, mesmo quem prefira apenas jogos single player. Você pode invadir mundos de outros jogadores para atacá-los. Há várias formas de fazer isso e áreas em que isso ocorre sem fazer nada, apesar por estar naquela área com um jogador preparado para defendê-la.
O último componente do multiplayer é o uso de mensagens. Estão disponíveis para uso bem do início. Há várias opções de frases com lacunas para se preencher com palavras de uma lista. Costumam aparecer mensagens divertidas, algumas também muito úteis e às vezes outras que são por pura maldade, enganando o jogador. Ocorrem pouco, felizmente. Uma das que mais me fez rir foi de um jogador numa área bem difícil que deixou uma frase próximo de um desfiladeiro: “Não aguento mais isso aqui!”. Vi duas poças de sangue próximas. Ao tocá-las um fantasma do jogador salta intencionalmente no desfiladeiro. Um pouco para fazer gracinha, um pouco para mostrar o clima que estava se sentindo. Provavelmente a segunda poça de sangue, com o mesmo ato, foi de alguém que se sentiu solidário. “Dark Souls II” tem muitos desses momentos, basta ficar atento.

No multiplayer de “Dark Souls II” é possível se formar amizades momentâneas. É comum a doação de itens para um jogador que está começando. Alguns jogadores como fantasmas notam que é a primeira vez que o dono do mundo visita uma área e fazem questão de apontar itens, dificuldades, caminhos diferentes ou ocultos. Muitas vezes a comunicação se dá sem voz, usando apenas os gestos e mensagens do jogo, mas ainda assim se nota muito companheirismo. A comunidade aumenta em muito o interesse pelo jogo.
Design de fases
O “Dark Souls” original, mesmo depois de um ano sem jogar, ainda está bem na minha memória. As áreas são interligadas de diversas formas, algumas geniais, sejam por passagens com um único sentido, escadas que podem ser chutadas para baixo, alternativas ao fluxo tradicional, elevadores. Fica possível desenhar todo os caminhos até o boss final sem se esforçar muito, pois há pouca repetição e tudo parece bem significativo. “Dark Souls II” mantem o cuidado dedicado a esse aspecto do jogo, algo muito apreciado.
Teletransporte
De “Demon Souls” joguei apenas o início, perdi o momento de seu multiplayer, mas sei que tem um hub central que pode dispensar o teletransporte. “Dark Souls” possui teletransporte, mas você tem que fazer muito antes de consegui-lo, vencendo quatro grandes áreas, além de ser limitado a alguns bonfires. A limitação faz você fazer um bocado de backtracking dependendo de onde quer ir, em alguns casos enfrentando inimigos difíceis. Já “Dark Souls II” permitiu acesso por teletransporte para todos os bonfires do jogo desde o início. Isso facilita muito, não só em dificuldade, mas também para não esgotar a nossa paciência. Eu gosto de toda forma, mas é bem-vindo para atrair mais jogadores sem perder muito do que o jogo tem de bom que é o desafio extremo.
Item que facilita muito, desde o início
Há um item que demora um tanto para encontrar no primeiro jogo da série. Costuma ser útil demais por muito tempo, principalmente enquanto se aprende. Não era possível comprá-lo. Já nessa versão, é possível comprar por um preço razoável bem no início. Essa é uma das modificações que podem atrair quem ainda não se acostumou com o tipo de desafio encontrado em “Dark Souls II”.
Inimigos não renascem eternamente
No primeiro local que matei mais inimigos para conseguir souls suficientes para o item citado acima, os inimigos pararam de reaparecer. Na mesma área, pouco à frente, alguns inimigos se mantinham. A contagem é por inimigos e não por área. Nos demais jogos o renascimento era sempre infinito. Essa modificação deixará “Dark Souls II” mais acessível. Por outro lado, se você já matou várias vezes um grupo de inimigo, pode-se assumir que vai ficar apenas chato continuar matando e que praticamente sempre sairá com muita energia. Isso foi observado após a quarta vez que os sete ou oito inimigos próximos do bonfire foram mortos, com meu personagem normalmente não tomando mais que um golpe. Pode ser usado de forma estratégica, eliminando inimigos próximos do bonfire para reduzir a dificuldade de uma determinada área até o chefe.

Estus flask para recarga de energia
O último jogo tinha os Estus Flasks como uma forma renovável de recuperar energia ao toque de um botão. Você começava com 5, mas com um ritual nos bonfires o limite subia subir para 10. Vencendo um boss específico levava a 20 o número máximo. A cada visita a um bonfire a quantidade de frascos volta ao máximo. Em “Dark Souls” você começa com um único Estus Flask e é possível fazer o ritual para aumentar um por vez se encontrar um item para isso. Isso é algo que pode dificultar muito o jogo, ao mesmo tempo que deixa o multiplayer ainda mais tático.
Curse
No primeiro jogo havia uma maldição chamada Curse. Um ataque de alguns inimigos fazia você morrer quase imediatamente. A barra de Curse ia se enchendo até um máximo, quando seu personagem se transformava em pedra, o que leva a morte. A primeira parte com Curse no primeiro jogo foi uma das mais difíceis, pois ainda era um labirinto meio chatinho de decorar. Além de morrer praticamente de forma imediata, sua barra de vida ia para a metade da atual. E era acumulativo! Chegava a ficar 1/8 da inicial. Curse é curada com um item relativamente caro, mas como o jogo não permite voltar a uma situação anterior, você teria que andar muito até um NPC que era o único que vendia o item de cura, sem praticamente poder tomar uma porrada. É sádico, mas tenso e divertido como é norma no jogo.
Não encontrei o mesmo Curse em “Dark Souls II” ainda, apesar de existir o atributo que serve como proteção contra Curse e Petrificação. Há uma forma de Curse embutida na experiência desde o início na forma da penalidade por morte. Você começa como humano. Se morrer, perde energia máxima, algo como 5%. Continua perdendo esses 5% a cada morte, mas felizmente não é metade de cada vez como no primeiro e limitado a um máximo de 50%. Para recuperar a energia é necessário usar um item que devolve sua humanidade e permite energia máxima de acordo com as características do seu persoangem. Consegui um item que faz perder menos energia ao cair, útil para tentar um caminho no jogo que parecia ter uns bons itens. Cai por esse caminho, quase morrendo. Numa segunda tentativa morri. Tentei mais uma vez e morri na primeira queda pois esqueci de renovar minha energia máxima. Coisas assim estão entre as que só “Dark Souls II” faz por você.
Cenários e chefes desinteressantes
Os cenários e chefes são bem desinteressantes em comparação ao primeiro. No “Dark Souls” original você consegue avistar construções, montanhas, cavernas e abismos bem distantes, provocando a sua curiosidade. Nesse estou seguindo pelo cenário procurando passagens em todo canto, mas nada falou comigo “Vem cá! ou Vá lá!” como ocorreu no primeiro. Por mais que a história esteja dispersa a pontos de muitos a acharem inexistente e irrelevante, havia muito o que provocar interesse como história no primeiro jogo. No segundo também há, vê-se esforço, mas ainda não se mostrou tão bem com dois terços do jogo concluídos. Alguns chefes no primeiro jogo eram pré-apresentados antes do encontro para combate mesmo. Você conhecia um pouco do chefe, o suficiente para temer e imaginar o que poderia ser necessário no combate, nem que fosse avistando-o previamente ou apenas ouvindo um NPC comentar sobre ele. Mais chefes usavam magia, os combates eram mais variados e difíceis. Praticamente todos bosses que venci, um total de 6 até agora, usavam praticamente apenas combate próximo com armas brancas.

Gráficos
Os gráficos até então são piores que o primeiro, exceto pelos NPCs e CGIs. Nota-se um downgrade perante o que foi mostrado anteriormente na E3, apesar da possibilidade de terem usado a versão para PC. Algumas texturas são inferiores em resolução, usa-se menos efeitos de iluminação, a impressão geral é inferior. Com isso conseguiram algo bem louvável e válido, que é um framerate bem mais consistente e com menores variações.
Nota 9/10
[“”Dark Souls II” traz diversas modificações em sua mecânica. Algumas aumentam a dificuldade enquanto outras o deixam mais palatável. A combinação ficou excelente, não retirando do jogo uma de suas características mais importantes que é dificuldade que exige do jogador acompanhada da felicidade que se atinge ao superar um desafio. “Dark Souls II” faz você se sentir competente a cada chefe eliminado, a cada invasor detido, a cada mistério solucionado. Você nunca sente que algo foi fácil demais de se conseguir, o que é algo excelente que o faz diferente de muitos jogos. É o motivo por ser adorado por todos que insistem e entendem como o jogo funciona. Insista também!”]
Por coincidência, hoje mesmo vi um texto falando da análise das mortes e outras informações dos jogadores. A From Software deve adorar mesmo ver os gamers sofrerem!
http://trendymatter.com/dark-souls-2-developer-apparently-collecting-data-player-deaths-worldwide/