O Brasil é, de fato, um país em constante expansão na indústria de games e, a cada ano, novos desenvolvedores se aventuram em produções independentes em busca de sucesso.
A Games for Change, evento que promove a convergência entre os games e sustentabilidade é visto também como uma oportunidade desses produtores se destacar e, na edição desse ano o encontro contará com um belo incentivo aos pequenos e novatos desenvolvedores: um concurso realizado pela plataforma de Crowdfunding Broota, que da á a oportunidade dos melhores projetos serem apresentados a investidores dispostos a bancar novos games. Mas o que é necessário para os produtores novatos se destacarem nesse torneio e, mais ainda, no próprio mercado de games, que está cada vez mais competitivo? Para Frederico Rizzo, que fundou o Broota, assim como já acontece nas startups, os desenvolvedores independentes precisam mais do que simplesmente criarem bons jogos. “Acreditamos que um bom empreendedor é aquele que conhece bem o seu negócio e o seu mercado, e isso é essencial para o investidor”, explica.
Frederico também comentou sobre o panorama atual do mercado de games no Brasil e afirmou que “há uma brecha gigante” para os games obterem a mesma capacidade do que os aplicativos em ter sucesso no nosso país. Se você é um aspirante ao prêmio do Games for Change, essa entrevista é para você:
1. Como está a expectativa do Broota para o Games for Change? Porque decidiram apoiar essa causa? O Games for Change é uma organização com uma causa muito nobre, que promove e incentiva mudanças sociais no mundo por meio de games. Estamos muito entusiasmados com a parceria e com a possibilidade de dar visibilidade a importantes players do ecossistema brasileiro de games e IoT. Esperamos, juntos, fazer brotar novos negócios.
2. Como será a escolha do melhor projeto? O que um projeto deve ter para ter sucesso? Essa escolha será de vocês mesmo ou passará por escolha popular? Os projetos serão selecionados pela comissão avaliadora do Games for Change e deverão enunciar de forma clara e objetiva seu público-alvo, o problema que se propõe a resolver, a mudança que promove e os benefícios esperados.
3. Além do Games for Change, o Broota tem projetos de games em seu portfólio? Atualmente temos mais de 10 Startups cadastradas no segmento de Games e mais de 20 investidores, aceleradoras e fundos com interesse em investir nestes negócios. Esperamos que esta parceria com a Games for Change possa trazer ainda mais projetos inovadores de games para nossa plataforma.

4. O que um projeto de games deve ter para atrair investidores? Um projeto deve ter uma boa ideia, com um problema e solução bem definido, um time competente e dedicado, um bom produto (ou um bom projeto de produto) e execução. No mercado de games, a tecnologia é também um grande diferencial competitivo.
5. Como você vê o mercado de games no mundo e no Brasil? O mercado de games tem um potencial de crescimento exponencial, tanto no Brasil quanto no mundo, por representar a fusão de quatro tendências modernas: a explosão das redes/mídias sociais, a revolução da plataforma mobile, o crescimento do Big Data e a emergência do “wearable computing”.
6. O Broota atua muito com empreendedores, mas e quanto aos desenvolvedores de games? Para ter sucesso e atrair investimento no Brasil é necessário ser um bom empreendedor? Acreditamos que um bom empreendedor é aquele que conhece bem o seu negócio e o seu mercado, e isso é essencial para o investidor.
7. O que tem mais capacidade de sucesso no Brasil: app ou games? Por quê? Ambos, de formas diferentes mas complementares. O mercado do Brasil tem grande abertura a ambas as modalidades e, mesmo que Games são ainda mais novidade no Brasil, tem grande capacidade de sucesso. O Brasil é o quarto país em número de smartphones no mundo, e isso abre uma brecha gigante para empresas investirem em games como meio de se comunicar com seus clientes a fim de gerar maior engajamento.
Tá, mas o que é o Games for Change?
Fundada em 2004 nos EUA, a Games For Change é uma organização sem fins lucrativos que incentiva os jogos com potencial de impacto social positivo. A conexão latino-americana desta rede global teve início em 2011 através de acordo com o grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento da USP-SP e em parceria com patrocinadores e o consórcio europeu PRO-IDEAL (FP7).
Sob direção de Gilson Schwartz, professor da ECA-USP e líder da Cidade do Conhecimento, a Games For Change desde então um ciclo anual de eventos, concursos e projetos que promovem a convergência entre educação, tecnologia, sustentabilidade, empreendedorismo e transformação social.
Serviço: IV Games For Change América Latina
Data: 06 e 07 de dezembro
Local: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas da PUC – SP – Campus Marquês de Paranaguá
Horário do evento: 9h às 18h Para outras informações e inscrições, acesse o site oficial.
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