
[Nota do editor: Visando uma melhoria cada vez maior do conteúdo, chegamos à conclusão de que sim, os leitores têm razão e o título foi realmente modificado. Apesar do autor do texto achar que o jogo é o melhor do ano, essa é a opinião dele e não reflete o que pensa o restante da equipe. Teremos em breve um texto sobre os melhores de 2016 e, aí sim, contamos com a presença de todos não apenas para votarmos nos melhores e piores. Nos falamos em breve, mas por enquanto, fiquem com o review…]
Poucos jogos conseguem me deixar ansioso para o lançamento, quem me conhece sabe que eu não tenho pressa nunca para jogar os jogos na data em que eles saíram, mas Fallout é uma das exceções. Desde que eu vi a Bethesda falando sobre o lançamento do Fallout 4, a ansiedade tomou conta de mim, eu parecia criança esperando o jogo sair, pra poder passar horas e horas jogando.
Sendo eu um fã da série, eu posso dizer que só Fallout 3, New Vegas e o 4 me agradam, já que o 1, 2 e Brotherhood of Steel são, pra mim, jogos pouco atrativos. E eu tentei jogá-los na época, só não fiquei preso a esses games. Mas além deles, sou bastante fã de Elder Scrolls IV: Oblivion e como no caso do Fallout, as versões anteriores não me agradam tanto. Dito isso, dá pra dizer, com tranquilidade, que eu joguei mais de 300 horas de cada um desses games.

E então chegou o fatídico dia 10/11/2015 e eu pude colocar minhas mãos em Fallout 4. Após um download imenso, um patch grande, uma instalação em disco longa eu pude, finalmente, começar a jogar.
Fallout 4 se passa em Boston, terreno que eles chamam de Commonwealth. Antes da guerra nuclear, você vivia tranquilamente na sua casa, e foi convidada a participar do Vault 111 por “serviços prestados ao país”. Quais serviços foram esses eu ainda não descobri, mas fato é que quando a guerra eclodiu, você pôde estar tranquilamente dentro de um vault e salvar seu marido (ou esposa, depende do sexo do seu personagem) e filho.
Só que esse Vault 111 não é igual ao 101, no Fallout 3. Ele lembra mais o 112, que quem chegou nele sabe como ele é: não existem muitos quartos nesse tipo de vault, o que temos são câmaras criogênicas onde todo mundo fica dormindo até que a guerra passe. 200 anos se passam e uma falha mata todos os moradores das câmaras criogênicas, menos você, seu marido e filho. Raiders invadem o Vault, matam seu esposo e sequestram seu filho. Cabe a você executar aquilo que Paul Kersey mais gostava de fazer: vingança e, claro, encontrar seu filho.
Os gráficos impressionam e não impressionam ao mesmo tempo.
Sempre se soube que Fallout 4 seria um jogo feio, os vídeos mostravam isso e, convenhamos, os outros Fallouts nunca foram bonitos. Fallout 4 não é exceção a essa regra, ele é, em um primeiro momento, feio. Você olha para a modelagem do cenário e vê as mesmas falhas de sempre, galhos atravessando paredes ou objetos, inimigos enfiados no chão, modelagem das árvores e arbustos toscas… É, é uma tristeza ver que, nesse quesito, o jogo evoluiu quase nada. Mas então ele é um jogo graficamente fraco? Não necessariamente.

Apesar da modelagem dos NPCs (pessoas comuns que andam no jogo), os efeitos de iluminação e água estão impressionantes! Eventualmente teremos uma neblina absurda em commonwealth, e os raios de sol ou a luz do luar fará seu trabalho direitinho quando temos objetos no caminho. É algo que só prestando muita atenção é notável. Os inimigos estão muito mais detalhados e os efeitos de transparência estão de fazer inveja. A água está muito bem feita também. Um efeito que impressiona é quando temos óleo no chão, a direção artística (e parte da técnica, não vamos desmerecê-la) trabalhou bem demais nesse aspecto.

Aliás, a direção artística fez um excelente trabalho. Quando entrei pela primeira vez no Super Duper Market eu tive a certeza: o jogo pode ter seus defeitos, mas feio ele não é. Em alguns cenários a quantidade de objetos jogados é absurda, definitivamente o jogo tem um visual bonito.

Mas e a evolução?
Ah, aí vai minha única reclamação do jogo: ele ficou mais bonito? Sim, ficou. Mas houve alguma evolução no gameplay? Depende. Vamos por partes:
Acrescentaram um modo de edição de cenários que funciona fantasticamente bem. Eu posso levar eletricidade à minha casa, posso plantar vegetais, colocar uma bomba para ter água e, literalmente, criar um mercado com compras e vendas no local que eu escolher para ser minha morada. Isso é uma bela evolução e, eu garanto, rende horas de diversão. Se a molecada pode brincar de Minecraft, porque eu não posso?

O modo de customização das armas e armaduras também é muito legal e extremamente útil.
Esses foram acréscimos bacanas, mas nem só de elogios será esse meu review: ainda existem muitas casas e estabelecimentos com madeiras na porta, você não pode e nem vai entrar neles de maneira alguma. A física do jogo parece ter evoluído quase nada e aqueles bugs físicos de sempre ainda permanecem. Quase nada no cenário é destruível, vidros não se quebram e a inteligência artificial dos inimigos continua estúpida como sempre. Infelizmente, pra Bethesda, aumentar a dificuldade é colocar inimigos mais resistentes ao dano e que te batem mais forte.

Mesmo com alguns graves defeitos, o jogo ainda é muito desfrutável e divertido, mas já está na hora desses paradigmas começarem a mudar.
As músicas ainda mantém aquele clima de 1920.
Eu amava a trilha sonora de Fallout 3. Gostei muito quando trocaram totalmente a trilha pro New Vegas, fui dos que não reclamou dessa mudança. Em Fallout 4 temos apenas uma diferença: muitas músicas usadas na terceira versão do jogo estão disponíveis aqui, mas nenhuma do New Vegas aparece. É uma pena, mas a trilha sonora é excelente ainda assim.
Mas, como todo Fallout, ainda faz falta aquela tão querida opção de colocar suas MP3 numa pasta e tocá-las. Isso não é possível e provavelmente não será. A solução pra quando você cansar das músicas que tocam repetidamente durante horas? Desligue o rádio, abra o Spotify e digite na pesquisa “1920” e escolha a rádio que mais te agradar. Esse recurso funciona surpreendentemente bem, e não quebra o clima do jogo. Recomendo de verdade que esse recurso seja usado. Funcionou no PS4.
Integração com o app Pip-Boy.
Uma feature bacana que adicionaram nessa versão foi a integração com o app “Fallout Pip-Boy“, disponível em Android e iOS. O app transforma seu celular em um pip-boy, você pode fazer fast travel clicando com seu dedo na tela do celular, ao invés de parar o jogo e fazer por lá. É uma bobagem, mas achei um recurso muito legal que deve ajudar muita gente.

Um problema que eu encontrei é: se o wifi ficar fraco, o app pode travar. Numa das vezes em que isso aconteceu, o jogo travou, no PS4. Isso não deveria acontecer de jeito algum.
Remote Play em Fallout 4.
Quem possui os consoles da Sony sabe que uma feature bacana é o Remote Play. E no Fallout 4 ele funciona de maneira perfeita, tanto no Playstation Vita quanto no Playstation TV, embora nesse segundo não seja ideal usar um controle de PS3, e sim o de PS4. Mas dá pra jogar perfeitamente com o controle de PS3, o único comando faltando é o touchpad e isso só faz falta na hora de editar seu cenário. Mas ir até a ferramenta e apertar X também entra no modo de edição, então não atrapalha muito. Jogar no Playstation TV via Remote Play é praticamente como jogar no PS4 de verdade, já que ele usa cabo ethernet.
O Playstation TV pode ser um aparelho meio inútil, com compatibilidade baixíssima e suporte nulo da Sony, mas o Remote Play dele vale demais a pena. Só essa função já vale o aparelho.
Ainda sobre o jogo.
Algumas decisões feitas pela equipe de desenvolvimento do jogo deixam a desejar. Eles tiraram um pouco da profundidade do jogo, fazendo dele mais raso em muitos aspectos. Boa parte dos diálogos se tornou mais simples e armas e equipamentos não quebram mais. Não sei se isso foi feito para agradar aos novos fãs da série ou se foi feito pensando em algo, sei que ter uma arma que nunca quebra não é legal.

Fizeram também uma mudança no sistema de V.A.T.S. Antes o inimigo ficava paradinho, aguardando você atacar, agora ele fica bem mais lento, mas ainda se mexe. Eu já tomei tiro (e morri) de um Assaultron enquanto estava mirando nele em V.A.T.S.
Mas, apesar disso, o jogo não está fácil não. Eu tive que fugir de uma gracinha chamada “Legendary Alpha Deathclaw” com uma estrelinha (lendário) e uma caveirinha (mais forte que você, é a maneira do jogo de te avisar que você tem poucas chances de vencer) no nome. E fugi sem vergonha alguma. Mirelurks também estão chatos e encontrar um Feral Ghoul Reavers e Glowing One é sinônimo de morrer algumas vezes. Yao Guais estão mais mortais do que nunca. O único inimigo que ficou mais fácil foi o Radscorpion.

Synths aparecem com mais frequência agora, e eles são extremamente fortes e resistentes. O termo vem de organismo sintético, androides, parecidos com os replicantes de Blade Runner. Alguns talvez não se lembrem, mas no Fallout 3 temos 2 Synths na quest “The Replicated Man“. Eles parecem pessoas normais, mas te ameaçam tanto que eu preferi não enfrentá-los, na época. Em Fallout 4 não temos essa opção. Se um Synth te vir, ele vai te atacar. Tenha pulse grenades em mãos quando isso acontecer.

Tradução para português do Brasil.
A minha versão, infelizmente, não está traduzida para o português brasileiro. A Bethesda fez a regionalização das versões e você só pode jogar em pt-BR caso tenha baixado o jogo na PSN / Live brasileiras ou tiver o jogo em mídia nacional. Como meu jogo é americano, veio da PSN US, eu não tive a oportunidade de ver a tradução. Seria legal se a Bethesda colocasse esses idiomas para download, mas não sei se eles vão fazer isso.
Mas o que eu ouvi a respeito mostra termos engraçados, porém bem traduzidos. V.A.T.S ficou como “Verificador Automático de Tática Subterrânea“, por exemplo. É tosco mas eu gostei bastante. É legal ver as empresas se empenhando em fazer os jogos acessíveis pra quem não fala outro idioma. Desde que sejam bem feitas, como foi a do Puppeteer, por exemplo, é um trabalho louvável.

Cuidado: jogue poucas horas por dia ou você vai se viciar…
Esse é um problema dessa série, e Fallout 4 não é diferente. Eu fui dormir às 4 da manhã algumas vezes enquanto jogava, enquanto amigos criaram um grupo de whatsapp pra discutir sobre o jogo. Eu não via tamanha comoção com um jogo desde meus tempos de moleque em que a SEGA anunciou aquele port (horroroso) de Street Fighter II CE pra Mega Drive. Com meus amigos, a única coisa sendo discutida agora é Fallout 4. E o mais novinho de nós devo ser eu, que tenho 35. Então fica meu aviso: cuidado, Fallout 4 vicia e vicia muito! Estejam avisados.
[important]FALLOUT 4
Versões testadas: PlayStation 4
Também para: Xbox One e PC
Produtora: Bethesda
O melhor: Quase tudo com destaque para modo de criação, ambientação, direção de arte, história…
O pior: Bugs, efeito e colisão e fraca inteligência artificial
Pra quem indicamos: Qualquer um. O jogo é obrigatório e deve ser jogado
Nota: 9
[Resumo: “Dizer que Fallout 4 é um bom jogo seria subestimá-lo demais. Fallout 4 é excelente. O clima criado é fantástico, a música é ótima, os controles funcionam bem e quase tudo funciona de forma impecável, mas algumas coisas precisam ser revistas na próxima versão. Senti falta de mais mudanças e melhorias principalmente na forma como o jogo gerencia a colisão de objetos e de uma inteligência artificial melhor elaborada, mas ao menos por enquanto, isso não fez muita falta pois o conjunto da obra o transforma em um título imperdível nessa geração . Por todos os seus prós, como a profundidade na história e sua robusta mecânica de personalização, Fallout 4 se consagra como o jogo do ano, sem dúvida alguma.”
Agradecemos à assessoria de imprensa da Bethesda pela cópia gentilmente cedida para o teste.[/important]
Eu não gosto da série (tentei jogar Fallout 3 várias vezes e abandonei em todas elas, depois de algumas poucas horas de jogo). Estou insistindo no Fallout 4 agora, basicamente por pressão do grupo. Depois de 7h estou começando a achar tolerável, mas ainda é um jogo lento e desestruturado demais, é feito para tomar o seu tempo indefinidamente ao invés de lhe contar uma história coesa. Entre Rise of the Tomb Raider e Fallou 4 eu ainda estou preferindo o primeiro, mas vou continuar no F4 por mais um tempo, para ver se eu me acostumo.
Bom review, muita coisa bate com o que eu achei.
Eu estou adorando o jogo e concordo com quase tudo que o review diz.
O que tem me irritado no jogo são esses mini-acertos para tirar elementos de RPG e provilegiar elementos de ação. Armas e armaduras que nunca quebram, capacidade de carga enorme, sistema simplificado de radiação, diálogos simples, terminais que não travam para sempre…
Absurdo você poder fazer quicksaving durante um diálogo! Eu posso voltar o save tantas vezes quantas forem necessárias para vencer um check de persuasão ou intimidação!
Espero que essas simplificações não se tornem constantes e Fallout lentamente caminhe para se tornar um FPS com elementos de RPG e não o contrário.
Eu sou um pouco mais novo que você, Bruno. Mas joguei e gostei muito do Fallout 3. Só de ler já fiquei com muita vontade de jogar Fallout 4, ótima análise!
Gostei do review BBB parece que vc estava me descrevendo no texto, gostos parecidos da nisso…. tua opinião bate comigo, outra coisa que me incomoda no jogo, é que existe pouca mudanças dos objetos ou cenários,… fiz uma quest em um prédio… depois em outra quest em outro prédio encontro os mesmos quartos com os mesmos inimigos, ou seja, vc usa a mesma estratégia e pronto, isso me lembrou o primeiro Halo onde vc fica constantamente com aquela sensação de “Déjà vu”
Eu estou gostando até então, mas achei o jogo um tanto desbalanceado. O Deathclaw é praticamente indestrutível no começo, mas algumas outras cenas são fáceis demais. E sim, ele está se tornando cada vez mais um FPS, mesmo que a mecânica de tiro dele ainda seja bem rasa.
Ao ler essa matéria eu fui instintivamente procurar a análise de The Witcher 3 é de Metal Gear Solid V por este site para comparar as opniões e entender o decreto: Fallout 4 tem falhas, mas ainda assim é o melhor jogo do ano. Eu, pelo menos, entendo que, então, os outros devem ser bem ruins.
Vi uma análise enchendo a bola de MGS V. E entao fui procurar a análise do favorito em 9 em cada 10 premiações de GOTY deste ano, The Witcher. Eu me surpreendo quando percebo que… Não tem. Neste site foram feitas avaliações de todos os principais jogos lançadas neste ano. Menos… de The Witcher 3. Sequer é mencionado, aliás, na área de análises.
Estranho.
Pode ser porque a distribuidora do jogo não mandou uma cópia para análise pelo site.
Então ok. Façamos o seguinte: Fallout 4 e o melhor jogo do ano dentre aqueles que tiveram cópias gratuitas enviadas para a equipe do site. Está certo assim?
Porque, se não, não faz muito sentido.
Mas opinião é opinião. Está certo.
Que conste em ata: Fallout 4 é um excelente jogo e, tirando essa prepotente afirmação sem nenhum comentário que explique ou justifique (ser o melhor do ano), o review está muito bem produzido.
Desculpe perguntar, mas por que um jogo deve ter como principal função te contar uma história coesa?
Fallout tem foco em exploração e não em storytelling. E não acho que isso seja um problema. Apenas uma proposta diferente
resumindo o texto
boa personalização, grafico mediano mas ambiente bonito, inimigos burros e alguns bugs
jogo do ano
wtf
wtffff
The Witcher 3 >>>
pior e viciante mesmo 1 semana ja que vou deitar as 4 horas.
A ia de The Witcher 3 n foi la essas coisas tbm n, foram melhores mas nem por muito, os pontos que fallout 4 ganha o The Witcher 3 perde e vice versa.
cara, adorei o jogo, mas eu achei a história fraca, clichê e extremamente curta. esse, pra mim, foi de longe o maior problema do jogo.
curta??? 12:30h foi meu recorde pra zerar o jogo e ainda assim foi passando por cima de MUITA coisa… cou vc espera uma main quest de 100h ou não jogou o jogo. Sem falar nas side quest que mesmo com 300h de jogo não completei nem metade delas.
Os serviços prestados ao país. Se refere ao tempo que o personagem homem passou no exército. E o pai dele antes dele. Etc. Isso até explicaria porque ele sai da vault sabendo atirar. Agora se VC monta um char feminino. Não sei :( só prestar atencao na introdução e vcs vão saber
gbg, vamos lá. Sim, em partes você tem razão. Não fizemos o review do The Witcher III porque não recebemos a key e, por isso, não tive como passar para algum reviewer com mais tempo de fazer. Eu até tenho o jogo, mas por pura falta de tempo, não consegui jogá-lo até o fim e, para não fazer review meia-boca como alguns blogs fazem, optei por não escrever. É uma pena, mas infelizmente teve que ser assim. Sobre o Fallout 4 ser o jogo do ano ou não, bem, isso é gosto, bem subjetivo e muitos aqui no blog discordamos. Meu voto no ano vai para MGSV, por exemplo. Essa opinião do título foi retirada do texto do autor e aqui no Kapoow nós respeitamos muito a opinião do analista, não há edição do que o cara acha. (Acredite, já tive nota minha editada em muito veículo grande e isso não é legal). O que posso te garantir aqui é: no Kapoow você vai ler opinião sincera do cara e a escolha do Bruno como reviewer foi óbvia: ele é o cara que mais curte Fallout aqui e ninguém poderia falar com mais propriedade do que ele. Que bom que deu certo e que gostou do review. E espero, de coração, que fique conosco e até dê um like no nosso Facebook. Somos pequenos, mas ficamos felizes quando recebemos leitores com feedbacks bacanas como o seu. Um abração!
O pessoal fala que os gráficos são feios pq os modelos dos rostos dos personagens não são bonitos,mas na série sempre foi assim. O objetivo é não deixar bonito mesmo.
Mas foi me dito que a engine é a mesma dos jogos anteriores, apenas uma nova versão, é verdade?
É, e não é. Foi muito modificada, é praticamente um motor refeito do zero. Mas sim, a beleza de Fallout sempre esteve no quesito técnico. É como The Legend of Zelda Twilight Princess para o primeiro Wii. Tecnicamente, ele não era páreo para gráficos do Xbox 360 e PS3, mas na parte artística ele era imbatível. =)
Agradeço por sua resposta, André. Diz muito sobre o trabalho de vocês – positivamente.
E claro que entendo que o artigo reflete a opinião do autor e é claro que o veículo precisa confiar e dar liberdade para que ele expresse o que pensa. Questionei a ele mesmo, o porquê desse decreto. Que realmente só pode ser entendido como subjetivo – já que ele mesmo se declara fã da série e do estúdio (o que eu também sou). O meu feedback para ele seria que fundamentasse a escolha dele; porque isso daria legitimidade à opinião. Do jeito que está, ficou praticamente uma opinião solta, puramente pessoal.
Mas, por causa dele, vocês do site foram provocados a escrever algo mais institucional sobre o melhor jogo do ano…
Mano do céu, esse pessoal do site é cego ou o que? Um jogo cheio de bugs, com gráficos de 2012 (apesar de ser feito no Directx 11), texturização ridícula dos personagens, sidequests que não emocionam e nem tem dublagem em português…
É sério que um jogo assim é o melhor do ano pra vcs?
Desculpe, mas não tem comparação. Em The Witcher, você tem AI desenhada para tornar a experiência mais leve e popular. Ok, isso gera prejuízos. Mas em Fallout, o que e até clássico a série e a Bethesda, vc tem inimigos correndo em sua direção enquanto vc tem uma arma apontada diretamente para eles. Não tem comparação.
Mesmo assim, há que se dizer que a AI de Fallout 4 está bastante superior que a de Fallout 3. Agora temos alguns tiroteios sob cobertura, em que os inimigos também ficam sob cobertura. E difícil, mas acontece.
Sim, claro. E já estamos correndo atrás disso. Iremos corrigir nossa falha em não ter o review do The Witcher III até o fim do ano, prometo. E sim, arrumarei o título, para deixar claro que essa é a opinião do autor, e não da equipe. =) E teremos algo maior no fim do ano com a nossa opinião sobre melhores do ano. Tem muito jogo para jogar ainda, mas creio que esses três que citamos estão concorrendo na preferência geral. =)
É uma proposta diferente que não serve para mim. Vejo pouca diferença entre a exploração aleatória e sem sentido (em troca de recompensas irrelevantes, como um sofá novo pro acampamento ou uma arma ou armadura marginalmente melhor do que a que já tenho), feita só como fan service para aumentar artificialmente o tempo de jogo, e os mecanismos detestáveis que jogos Free-To-Play como Candy Crush ou Clash of Kings usam. Fallout 4 é feito para “viciar” o jogador e fazê-lo gastar centenas de horas em passatempos que acrescentam quase nada à história (ou ao seu conhecimento do ambiente ficcional do jogo, se você acha que o foco do jogo é “exploração”).
Por isso que se chama opinião, cada um tem a sua :/
Desculpe, de novo, mas eu não acho que o foco é exploração. Os produtores da série afirmam isso. Da mesma forma como os produtores de The Witcher afirmaram em entrevista recente que chegaram à conclusão, analisando os dados sobre uso do jogo, que os seus jogadores são colecionadores e que continuam jogando o Game + mesmo depois de concluírem a história principal, porque seguem explorando o universo criado, especialmente em busca de itens.
Do modo como voce coloca, parece que a única validade para justificar um jogo como entretenimento é o storytelling, quando, na verdade, dados mostram que o que mais motiva jogadores a irem ao fundo de um jogo, ao seu máximo, é a busca por itens e por troféus. Afinal, repito, games são formas de entretenimento e auto desafio.
Voce precisa pensar no jogo a partir da proposta de quem o criou e produziu. É um RPG, mesmo com elementos cada vez maiores de jogo de ação. O foco não é apenas em contar uma história e sim em criar oportunidades diversas para que os jogadores mergulhem no universo criado, no ambiente criado – pequenas histórias soltas (missões), busca por itens, etc. Essa é a proposta.
É claro que nada disso tira a validade da sua opinião e do seu gosto por jogos de storytelling. Mas também não acho acerto dizer que o jogo é um simples passatempo, sem pensar que há varias motivações para se jogar e que isso depende de cada jogador.
Alias, uma correção: em busca de itens, de trofeus e, especialmente, em busca de desenvolvimento do personagem (nível).
Sim, me parece claramente que a disputa fica entre esses três – com todo mérito. Eu prefiro a reinvenção de The Witcher 3, a sua concepção de arte, no sentido um universo medieval tão diferente das referencias de fantasia que existem desde D&D e anteriores; a adaptação da mitologia eslava e as escolhas artisticas foram muitíssimo felizes. Tudo se encaixa harmonicamente. E o gameplay, embora seja mais leve e popular, diverte, cativa e recompensa a exploração desse mundo. É daqueles jogos que voce joga para ouvir a música, para ver o cenário, para interagir com o que existe só nele. É um tremendo avanço para a indústria de games, considerando o crescimento do mercado e seu amadurecimento. É um jogo, de fato, adulto. A expansão, então, é antológica. E isso tudo embalado em um pacote com dublagens em portugues bastante bem feitas e uma tatica de relacionamento com a comunidade fantástica.
MGS V é um excelente jogo mesmo, tecnicamente superior a todos os demais, muito bem realizado. Mas me pareceu monótono depois de um certo ponto, não lida tão bem com a proposta de mundo aberto, na minha modesta opinião, e, artisticamente, é frágil, já que as escolhas se repetem ao longo de todo o jogo. É um produto para adultos, mas ainda um tanto adolescente – o que dizer de Quiet?
Enfim. Fallout 4 merece estar na disputa sim. Mas tecnica e conceitualmente, acho que não consegue competir com The Witcher.
Que conste em ata: em termos de arte, de concepção e de conceito, Bloodborne merece tranquilamente estar nesse grupo. Aliás, as indicações da VGA esse ano foram bastante precisas.
Ao ver o RAGE geral do povo quando houve a frase “Fallout 4 o melhor”, percebo que talvez, eu não consiga realmente fazer uma análise imparcial dos jogos de 2015, porque para mim também, FALLOUT 4 é o melhor, seguindo o legado da franquia Fallout.
Lá vou eu me defender. :D
Como o Forte disse, a gente não avaliou o Witcher 3. O Saulo tem, eu vi na casa dele, parece um ótimo jogo, ótimo mesmo. Mesmo que ele seja tecnicamente superior ao fallout, e parece ser mesmo, não é só de atributos técnicos vive o jogo.
Um quesito que me incomodou em witcher foi o clichê de personagem fodão / comedor. Isso pode funcionar com a grande maioria das pessoas, mas pra mim não é um atrativo.
E por “mais melhor de bom” que seja o witcher, o clima criado não chega aos pés do fallout, eu acredito que nesse ponto não haja discussão. E jogo, pra mim, é sobre experiência. Se a experiência de hotline miami é melhor que a de, sei lá, gta4, não importa quão “melhor” seja gta4, ele não será mais prazeroso como jogo que o hlm.
E nesse aspecto o fallout 4 é melhor que todos os que concorrem com ele. A burrice artificial incomoda? Eu disse isso no texto. Os inimigos na franquia Halo, por exemplo, são 6675479 vezes mais inteligentes que o mais esperto no fallout. Os diálogos do fallout 4 são rasos como um pires? São e são muito! Mas de novo, o jogo, como experiência, compensa todas essas falhas.
Não sei eu me fiz claro, a ideia é realmente debater, eu não tenho pretensão alguma de ter opinião absoluta sobre isso. :D
E obrigado por ter lido o review, ele ficou extenso mas eu escrevi com muito ânimo. :D
Pra mim ainda é. Hell, eu comprei o ps4 só por causa desse jogo. :D
Bruno, não precisa se defender. Afinal, a tribuna estava com você para escrever sua opinião. Apenas achei que merecia uma explicação mais clara, como a que vc deu agora, para uma opinião tão contundente.
E eu respeito muito esse fundamento: experiência. Minha única questão quanto a isso e que experiência e algo bastante empírico, pessoal e subjetivo. Como deve ser mesmo. Ótimo que você relate a sua experiência. Mas quando há uma determinação de qual e o melhor de qualquer coisa que seja, fica a necessidade de se aplicar critérios um pouco menos subjetivos. E por isso acho que The Witcher alcançou patamares diferenciados esse ano. O conjunto e melhor. Mesmo que vc ou eu tenhamos melhor experiência, sei lá… Com Journey.
Também convenhamos que a Bethesda gosta de fazer jogos para a sua comunidade de apreciadores. Para o seu nicho. Do qual eu faço parte. Por isso e até estranho para mim “atacar” Fallout 4, ou não defendê-lo, já que sou fã da série e do estúdio.
Embora eu entenda que em termos de atmosfera Fallout seja espetacular, não acho que The Witcher fique para trás, na sua competência para criar um universo medieval muito próprio, reproduzindo elementos da mitologia eslava e me, a mim mesmo, agora a minha experiência, fazendo sentir um andarilho pelas comunidades rurais de uma Europa alternativa no baixo medievo. A minha experiência com The Witcher e única,magnânima. Uma ambientacao fora de série. Algo que eu não tinha notado tão bem produzido desde… Fallout 3. No fim das contas, além disso, The Witcher e melhor realizado do que Fallout 4. Ambos são o ápice da produção de RPGs em vídeo games. E, muito importante, cada um com sua própria personalidade.
De qualquer forma, obrigado pela resposta, pela explicação e parabéns pelo review realmente bem elaborado.
só eu achei the witcher 3 o pior da serie? joguei forçado pra terminar logo ja que ja estava pra sair fallout 4. e se você jogar mais vai ver que “tiroteios sob cobertura” não são dificeis de ocorrerem.
Aparentemente sim, vc é um dos poucos (estaticamente, claro). Talvez vc goste de jogos lineares. Vai saber…
Eu sei que não são difíceis de acontecer. Apenas disse que são muito mais recorrentes agora do que era em Fallout 3.
Bem, me deixem dar meu pitaco também. Como reviewer do Kapoow, amante de Fallout e de Witcher, acho que posso. :-)
Eu concordo com o review do Bruno em diversas partes. Pra falar a verdade, em quase todas. Mas também acho que The Witcher 3 está na frente nessa caminhada pelo GOTY.
A questão é que Fallout 4 não é o jogo do ano por conta dele mesmo! Tinha tudo pra ser! A ambientação ainda é insuperável, a explorabilidade ainda é soberba, o universo ainda é um dos mais ricos. Mas a Bethesda deu mole no visual, na AI, nos elementos que simplificou sem qualquer motivo aparente.
The Witcher 3 foi além. Ele pode não ter esses atributos particulares tão exuberantes, mas os tem de forma muito competente e isso, mais o conjunto da obra, qualifica o jogo a ser um dos melhores, senão o melhor de 2015.
A própria CD Projekt soube criar o hype certo, atrair olhares novos para a série ( quase ninguém jogou The Witcher 2, que é FABULOSO ). Ela também soube fazer algo que a Bethesda podia ter feito e não fez: Ela fez seu jogo ser maior que o anterior, que já era grande, em todos os sentidos!
Fallout 4 ainda é, merecidamente, um dos melhores de 2015 mas não tem como dar a ele o título máximo se ele sequer conseguiu ser melhor que Fallout 3.
Vale relembrar que o Kapoow respeita a opinião de seus reviewers. O Bruno pode achar melhor o Fallout 4, o Forte axhar o MetalGear V e eu achar o Odallus!
De qualquer forma, fico feliz que o tópico tenha gerado uma discussão bacana, sem ataques gratuitos e com muita informação.
Ainda quero fazer um review detalhado de The Witcher 3. Mas minhas obrigações com o novo layout do blog não estão deixando.
Abraços a todos e lembrem-se: o melhor jogo é aquele que VOCÊ mais gosta! Sempre!
É tenso, cara, bastaria ele jogar um pouco de The Witcher que já mudaria esse conceito, certeza…
Você vai me desculpar, mas dizer que fallout 4 é o melhor jogo do ano é pq não deve nem sequer ter jogado the witcher 3, esse sim, tecnicamente muito bom, gráficos de primeira e uma história envolvente merecendo ser o GOTY
Lindo! Principalmente na parte que fala sobre o novo layout. =)
Cara, achei a discussão produtiva pracacete, de verdade. :D
e nao é que eu tava certo, The Witcher 3 ganhou o Goty e a redação mudou o titulo da materia kk